. Nascido numa distante cidadela ao sul do acaso ele já não mais se lembra de como era sua casa onde passou seus primeiros doze anos de vida,ele passa então a sonhar e desvendar aos poucos o que possivelmente teria acontecido com a tal casebre,ele se espelha ao que aconteceu envolto ao seu prédio na grande cidade,tudo mudou,tudo ficou mais pesado e escuro,mais quadrado e claustrofobico,tudo o que era verde já não existe mais.
. Ele sabe que o concreto erradicou de sua casa todas as belas telhas de barro,a laje assumiu o papel de patamar para o pousar dos pássaros,a terra marrom e lotada de folhas secas já não são mais assim,são agora de placas de ardósia,verdes e longe demais do conforto para os pés descalços,aonde estão as portas e janelas de madeira colonial ? Onde está o filtro de barro,o fogão a lenha,o balde d'água,a bacia de aluminio para bater as roupas ? Onde foi parar o bule amassado que as cinco da manhã era o encantador despertar de um novo dia,onde está a vitrola com seus cânticos capiais,onde está todas as formas de passado que se perderam junto as minhas lembranças de uma linda casebre na qual pude viver ?
. Hoje a mesma casinha está lá,talvez não no local na qual a deixei,mas sim na interminável saudade e que agora se personifica na forma de um belo quadro em mosaico criado por Fabio Sauzza.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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2 comentários:
faze um quadro lembrando da velha casa...muito bom...assim nunca esquecera ...afinal os pensamentos são unicos...
nossa, gostei do blog mesmo nao gostando tanto de Arte..
parabéns
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